domingo, 14 de março de 2010
Alterações corporais durante a menstruação
Pele: Os estrogénios zelam, entre outras coisas, pelas glândulas sebáceas. Estes evitam a acne e favorecem a hidratação. Mas, cerca de 12 dias antes do primeiro dia da menstruação, a testosterona deixa a pele seca. Tudo volta ao normal entre o oitavo e o décimo dia após a menstruação.
Sistema imunológico: As hormonas masculinas funcionam também como uma injecção de vitaminas. Por isso, durante a terceira semana do ciclo a mulher terá mais capacidade física e também mais resistência contra as doenças. Além disso sentir-se-á menos cansada. Durante a menstruação, a sua energia diminuirá.
Apetite: Do 15º ao 17º dia do ciclo (depois da ovulação e antes da subida dos níveis de testosterona), apetecer-lhe-á mais doces. O hipotálamo sabe que, em poucos dias, o corpo estará muito activo. Por esta altura deve comer hidratos de carbono.
Pernas: A menstruação põe fim aos dias de retenção de líquidos e ao inchaço abdominal. Tornozelos, joelhos e peito recuperam o seu aspecto normal. Nesta altura, as visitas ao WC serão mais frequentes. Isso acontecerá entre os dias 24 e 26, em pleno síndroma pré-menstrual.
Emoções: O hipotálamo controla a produção de hormonas e, além disso, constitui o centro de acção da vida afectiva. Está relacionado directamente com o cérebro. Segundo estudos de investigação norte-americanos, entre o dia 10 e 12 do ciclo (a segunda semana) a mulher estará mais sensível às endomorfinas (tranquilizantes naturais presentes no organismo). E o paladar e a audição encontram-se mais afinados do que nunca. Com a ovulação, o organismo é invadido pela progesterona. Esta hormona tem uma acção pacificante sobre o sistema nervoso, diminuindo a necessidade de actividade e tornando a mulher mais caseira e intimista.
Cabelo e unhas: Devido aos estrogénios, o cabelo fica mais bonito e as unhas mais fortes, duas semanas no meio do ciclo, especialmente os dias 8 a 10.
Estômago: A progesterona, que se encontra nas veias graças à ovulação, torna a digestão uma tarefa árdua. Durante a 4ª semana do ciclo a mulher pode ter enjoos e náuseas. Além disso, durante esta altura digere-se mal as gorduras e o álcool tem um efeito mais rápido.
Relação entre o Ciclo Ovárico e o Ciclo Uterino
Durante o ciclo ovárico, são produzidos estrogénio e progesterona que estimulam o endométrio (ciclo uterino). Quando o corpo amarelo degenera e os ovários deixam de produzir hormonas, o endométrio deixa de ser estimulado, fazendo com que este se desintegre, o que faz ocorrer a menstruação.
Depois da ovulação, o oócito pode ou não ser fecundado. Se for fecundado, aloja-se nas paredes do útero, o que faz com que o corpo amarelo não degenere, e a mulher não tenha menstruação durante os nove meses da gravidez. Se o oócito não for fecundado, o corpo amarelo degenera, o que leva à menstruação e ao recomeço do ciclo.
Ciclo Uterino
O ciclo uterino consiste no conjunto de mudanças que afectam mensalmente o endométrio, parede interna e esponjosa do útero que permite a fixação do embrião.
Fase Menstrual: Dura cerca de 5 dias e resulta da ruptura dos vasos sanguíneos e
descamação do endométrio. O sangue e os fragmentos de tecido do endométrio constituem a menstruação.
Fase Proliferativa: Dura cerca de 9 dias e é nesta fase que se dá a multiplicação celular do endométrio que entra numa fase de reconstituição. O endométrio torna-se cada vez mais espesso e desenvolvem-se glândulas em forma de tubo. Restabelece-se a rede de vasos sanguíneos. A Fase Proliferativa ocorre durante a Fase Folicular do ciclo ovárico.
Fase Secretora: Dura cerca de 14 dias, no qual se dá o desenvolvimento glandular acompanhado de produção de glicogénio e de muco. Os vasos sanguíneos espiralam-se entre as glândulas. A parede uterina interna atinge o máximo de espessura. A Fase Secretora ocorre simultaneamente com a Fase Luteínica do Ciclo Ovárico.
Ciclo Ovárico
O ciclo ovário compreende todas as transformações que ocorrem mensalmente nos ovários e que levam à formação e libertação do oócito.
Fase Folicular: Dura cerca de 14 dias e caracteriza-se pelo crescimento de alguns folículos primordiais, dos quais apenas um, normalmente, atinge a maturação, dado que os restantes costumam degenerar. Esta fase termina com a ovulação.
Ovulação: Ocorre por volta 14º dia do ciclo e consiste na libertação do oócito para as trompas de Falópio.
Fase Luteínica: Dura cerca de 14 dias e inicia-se com a formação e o desenvolvimento do corpo amarelo, que resulta do que resta do folículo, permanecendo no ovário após a libertação do oócito. No caso de não ocorrer fecundação, dá-se a regressão do corpo amarelo no fim do ciclo.
Anatomia do Sistema Reprodutor Masculino
O sistema reprodutor masculino é constituído por gónadas, os testículos, por vias genitais, os epidídimos, os canais deferentes e a uretra e por glândulas anexas, a próstata, as vesículas seminais e a glândula de Cowper. Externamente é constituído pelo pénis e escroto.
Testículos: Os testículos são as gonádas sexuais masculinas, que se localizam por detrás do pénis e se encontram envolvidos numa bolsa, à qual se dá o nome de escroto. Os testículos são constituídos por numerosos tubos seminíferos enrolados, rodeados por várias camadas de tecido conjuntivo – a túnica albugínea, ou cápsula fibrosa que dá origem a vários septos, dividindo os testículos em vários lóbulos. Cada lóbulo testicular contém dois ou três tubos seminíferos enovelados, onde ocorre a produção dos espermatozóides. Os tubos seminíferos vão convergir todos para a região anterior do testículo formando uma rede que se denomina rede testicular.
Próstata: É a maior glândula sexual acessória do homem. Encontra-se adiante do recto, mesmo à frente da bexiga, envolvendo a uretra, que é o canal que transporta a urina desde a bexiga. A próstata segrega, directamente para a uretra vários produtos, como o liquido prostático, o ião citrato (nutriente para os espermatozóides) e as enzimas anticoagulantes, que contribuem com cerca de 30% do volume total do esperma. A próstata permite a passagem para a uretra da urina vinda da bexiga urinária, controlando, assim a alternância da passagem.
Vesícula Seminal: Duas bolsas membranosas, colocadas entre o fundo da bexiga e o recto, obliquamente acima da próstata, que elaboram um líquido alcalino que contém muco, frutose (o principal nutriente que fornece energia aos espermatozóides), enzimas e hormonas, para ser adicionado na secreção dos testículos. Este líquido contribui com cerca de 60% do volume total de esperma. O líquido seminal é conduzido até à uretra através do canal ejaculatório.
Epidídimos: São compostos por um tubo altamente enrolado que comunica com o respectivo canal deferente. A passagem do esperma pelo epidídimo dura cerca de 20 dias, ao longo dos quais os espermatozóides vão amadurecendo, ganhando mobilidade e capacidade fecundativa.
Canal deferente: Partem do escroto e rodeiam a bexiga urinária, atrás da qual cada um deles se une a um canal de vesícula seminal, formando um curto canal ejaculatório. Durante a ejaculação, o esperma passa através dos canais deferentes graças à contracção das paredes musculosas destes ductos. Ambos os canais ejaculatórios abrem para a uretra, canal comum ao aparelho urinário e excretor, que comunica com o exterior, na extremidade do pénis.
Uretra: Canal comum aos sistemas urinário e reprodutor. Percorre interiormente o pénis até ao exterior.
Pénis: Órgão cilíndrico cuja parte terminal é mais alargada constituindo a glande, rica em terminações nervosas. Esta é revestida por uma prega cutânea chamada prepúcio. O pénis é constituído por três cilindros de tecido esponjoso eréctil – os corpos cavernosos e o corpo esponjoso – resultantes da modificação de veias e capilares sanguíneos. Durante o acto sexual, os corpos cavernosos enchem-se de sangue proveniente das artérias do pénis. O seu enchimento causa um aumento de pressão que provoca o fecho das veias do pénis, permitindo, assim, a erecção. O corpo esponjoso evita a compressão da uretra durante a erecção. A erecção é essencial para a inserção do pénis na vagina, de forma a depositar aí o sémen, liquido resultante da ejaculação. Um dos cilindros erécteis rodeia a uretra, o que permite mantê-la aberta para a saída do sémen.
Escroto: Prega externa na superfície corporal que permite manter os testículos gora da cavidade abdominal. Este facto é muito importante, pois, na maioria dos mamíferos, incluindo o Homem, a produção de esperma não ocorre normalmente à temperatura corporal. A temperatura no escroto é cerca de 2ºC mais baixa que a temperatura do corpo.
Sistema Reprodutor Feminino
Vulva: Constituída por dois pares de pregas cutâneas - grandes lábios e pequenos lábios - que envolvem os orifícios vaginal (vagina) e urinário (uretra), bem como o clítoris.
Lábios (grandes e pequenos): formações protectoras. Os grandes lábios prolongam-se do monte de Vénus ate ao períneo e têm uma função de protecção dos restantes órgãos sexuais. Os pequenos lábios delimitam uma região denominada vestíbulo, onde se situam as aberturas vaginal e uretral, bem como a abertura das glândulas de Bartholin, que segregam um muco destinado à lubrificação do vestíbulo.
Clítoris: pequeno órgão arredondado de muita sensibilidade, situado na união dos pequenos lábios.
Orifício genital (vagina): orifício que corresponde à abertura vaginal.
Pêlos Púbicos: pelagem que cobre e protege as zonas púbicas.
Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino
O sistema reprodutor feminino é constituído por gónadas, os ovários, e vias genitais, a vagina, o útero e as trompas de Falópio. Externamente é constituído pela vulva.
Ovários: órgãos em forma de amêndoa, com cerca de 2 cm de largura por 4 de comprimento. No entanto, o seu tamanho varia ao longo da vida, atingindo o volume máximo no inicio da puberdade. Com o avançar da idade, os ovários tendem a diminuir e, na menopausa, atingem cerca de um terço do seu volume inicial. Encontram-se alojados na cavidade abdominal, de cada um dos lados do útero e ligados a este por pregas de tecido conjuntivo (mesentério). É nos ovários onde se formam os gâmetas femininos (oócitos).
Trompas de Falópio: Canais com 12 a 14 cm de comprimento, que se estendem desde cada um dos ovários até à parte superior do útero. Iniciam-se por uma porção em forma de funil (pavilhão) que envolve parcialmente o ovário.
Útero: Órgão musculoso e oco revestido por uma membrana mucosa chamada endométrio. Divide-se em duas partes: a superior ou corpo, mais volumosa onde vão dar as trompas de Falópio e a inferior, mais estreita, chamada colo ou cérvix que comunica com a vagina. Tem a forma de uma pêra invertida. É constituído por uma parte interna (endométrio) e uma parte externa (miométrio).
Endométrio: é a membrana mucosa que reveste a parede uterina, formado por fibras musculares lisas e estimulado por hormonas chamadas estrogénio e progesterona.
Miométrio: é a parte externa do útero, formada por tecido musculado.
Vagina: Canal muscular que faz a comunicação do útero com o exterior.
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